quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Sexo: é o que somos?

Um dos maiores problemas de qualquer relacionamento humano é, definitivamente, o sexo. Digo isso pois com a falta de experiência que tenho, percebo a cada dia que o sexo faz o mundo girar. Amigos que, na verdade, só querem cometer o ato. Conhecidos que só pensam em como se dariam na cama. Desconhecidos que saem à noite em busca de nada mais que um outro corpo para se satisfazer. Junto com o sexo, vem a carne. A falta de valor da carne. A falta de valor humano. O sexo é feito. Minutos depois a culpa católica socialmente imposta aparece e, pronto, sua dignidade foi embora por, diria aquele escritor que todos condenam, 11 minutos de prazer.

Há muito me perguntam se somos só sexo. Não nego, estou naquela fase em que os hormônios dominam o corpo, o pensamento e tudo o que se aproxima de mim. Sou só sexo, sexo pode me definir. Sexo define as pessoas, os cargos profissionais das pessoas e até o salário que elas ganham. Mas não define eu e você. Não, não somos só sexo.

Talvez eu não seja bom em explicar pessoalmente, mas aqui, agora, eu sei o que somos. Sei o que sou. Sou um louco apaixonado que viaja em sonhos que, talvez, um dia sejam alcançados. Não importa os momentos que nos jogamos no chão e nos banhamos de um amor que ninguém, nunca - leia bem, ninguém NUNCA - irá conseguir fazer igual. Não importa a forma que tiramos as nossas roupas, se simplesmente as tiramos, se as rasgamos ou se, pelo tempo, nem cheguemos a tirá-las por completo. Não importa os corpos suados encostando no outro, a respiração saindo ofegante próximo a orelha, os gemidos altos e incansáveis que se arrastam por toda uma noite bêbada. Não importa. Importa o minuto seguinte, o levantar, olhar e soltar: eu te amo. E assim, saber, que pra sempre vai amar.

Se fossemos só sexo não brigaríamos por situações pífias. Não gritaríamos os ódios do coração com a boca cheia. Não choraríamos por perdão. Não erraríamos. Não acertaríamos. Não existiríamos. Se estamos, somos. Se insistimos, amamos. Somos seres que são só amores, não só sexo. Nossas brigas, nossas lágrimas, nossos gritos são a mais pura forma de dizer 'eu te amo'. O amanhecer nos explica. A noite nos inebria. Não somos só dois corpos, somos dois sentimentos. Puro sentimento. Puros.

É difícil de acreditar. Eu, aqui, novo e louco, lutando por um futuro que ninguém quer saber.

Eu vejo. Eu luto. Eu sei que somos mais do que tudo. Eu sei que sou. Eu quero ser. Eu serei. E acredite se quiser, não somos só sexo, não somos só brigas, não somos só besteiras.

Somos adolescentes.
Somos loucos.
Somos adultos mal-formados.

Somos poucos.
Somos amor. Da mais pura, romântica e bonita forma. Somos todo um mundo de amor.

Só que somos burros. E, por loucos, mal-formados, poucos e burros que somos, não percebemos que isso tudo está com a gente, não valorizamos e, por isso, duvidamos.

Somos.
Caio Caprioli

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